Instintivamente, acabei de matar um inseto que nunca tinha visto.
A reflexão veio de seguida, ao perceber a razão da minha (re)ação: o que desconhecemos é quase sempre uma ameaça.
Salva-se o mais belo, como se a beleza fosse um elo cativador que adiciona conhecimento.
Como nos convencemos perante algo do qual não temos referências?
A dificuldade de mudar mesmo o que é sofrível, reporta-se a este padrão.
Se o inseto estivesse num espaço externo ao meu quarto, teria eu o mesmo impulso?
A arte da atenção coloca-nos entre a tomada de consciência e o reflexo inquestionável.
Pequenas questões que nos fornecem mapas com rotas da nossa linha do tempo.
Ter como propósito de vida a aprendizagem e treino da mestria de estarmos presentes na atenção de cada aqui e agora, sermos o Observador de nós mesmos a cada instante, conhecermo-nos a nós próprios, sabermos valorizar o capital de sabedoria e a arte da co-criação é percebermos que a impermanência do multiverso de infinitos somos nós!