"Estamos imersos em um tempo em que Plutão, senhor dos mistérios ocultos da alma, ganha protagonismo por estar em retrogradação - um retorno simbólico às profundezas do ser. Podemos pensar que ele atua como um espelho cósmico que revela, sem piedade, tudo o que escondemos de nós mesmos. E o que ele revela, não é para ser comtemplado, mas enfrentado. A retrogradação de Plutão não destrói por crueldade; ela destrói aquilo que não suportamos mais carregar. E, por isso mesmo, é também uma chance rara de regeneração.
Esta semana, especialmente com a chegada da Lua Nova em conjunção com o Sol e Júpiter, Plutão atua como o ápice de um aspecto de poder já mencionado aqui outras vezes: o "dedo de Deus", indicando oportunidades que só se revelam na crise. A energia de Marte em Virgem convida à ação concreta: limpar, organizar, resolver. Mas não basta agir por impulso. O chamado é para trabalhar a densidade emocional, encarar os desconfortos, sair do silêncio que adoece. O que for guardado à força, explodirá. O que for acolhido e transmutado, renascerá.
Plutão exige coragem espiritual: ele não perdoa máscaras. As emoções reprimidas ganham voz, e as relações frágeis são colocadas à prova. Tudo o que estiver desalinhado virá à tona – seja no amor, no trabalho, nos grupos sociais. Mas não se trata de punição, e sim de revelação. Somos convidados a transformar o caos em potência, a transmutar a sombra em consciência. Aqueles que se recusarem a olhar para dentro, enfrentarão o aspecto destruidor de Plutão; aqueles que aceitarem mergulhar, poderão emergir mais autênticos e livres.
Em tempos assim, o silêncio que ouvimos dentro é um mapa. Escutá-lo é revolucionar-se. O céu aponta, mas somos nós que caminhamos. Plutão nos pergunta: você está pronto para ser quem você realmente é? A resposta não virá da mente, mas da ação consciente diante do que a vida está te mostrando agora.
Que estas linhas tenham contribuído com algo em sua jornada.
Fraterno abraço!" Nilton Schutz
Estamos prontos para abraçar o desafio que a nossa alma propõe?
Temos coragem para nos regenerar e renascer para o novo que se quer vivido e experienciado?
Ousamos viver a liberdade de sermos quem realmente somos, aprendendo a cada momento a conhecer quem realmente somos, o nosso propósito de vida, co-criando no Multiverso as infinitas possibilidades de nos recriarmos indo mais e mais além de nós próprios?
