11/01/2007

LOLITA E AS SERRAS / LOLITA AND THE MOUNTAINS

A ironia é de uma colega minha, diz que sou como a Lolita do livro do escritor Vladimir Nabokov. 

Afrodite expressa-se bem em quem tem o planeta Vénus em Carneiro e Mercúrio na casa 7 em Touro.

Das serras, veio este ser de Espelho/Sombra e o muito espelhar, que faço desde Março de 2006 de relação com esta alma amiga, que emana o arquétipo de Apolo no perfeito perfil de raiz da Terra.

A experiência nesta relação é a de um constante ir ao fundo do lago de mim própria e voltar, é de gelo e chama ardente, atração e repulsão, Sol e Lua, Saturno e Plutão em viagens de (re)conhecimento.

Apolo e as serras, são o espanto e o apelo a um futuro ainda por desvelar, são o "espelho" da minha Sombra e Luz onde aprendo a rever-me, a conhecer quem eu sou.

Entre a fuga e a entrega, bem no meio, fica este friozinho no estomago e na alma.

O gelo de pessoas com Luas/Saturnos similares, a tocarem e relacionarem Anima/Animus, são desertos e árticos que se espelham. O que estiver mais consciente, leva a bagagem - ou seja, neste caso é uma benção do Universo e de "espelho meu"!

E dias há, em que esta consciência de despertar, tem preço de alma cega, no embate às muitas feridas do subconsciente.

Enfim, nada que uma guerreira integrada nos arquétipos de Artémis, Afrodite e Lilith, não re(s)volva no grounding das vísceras da Terra e neste Amor em que me revejo!

by Paul's


01/10/2006

ONDE HÁ JULGADOR NÃO HÁ AMOR / WHERE THERE IS JUDGMENT, THERE IS NO LOVE

     Paint: Carola Van Wijk, "Apollo and Daphne"

A ti, meu Eu Mestre do Ser.

Não me julgues, meu amor,... ama-me!
Não te mascares, desnuda-te e adentra-me!
Não me seduzas com palavras ditadas pelo que os teus olhos veem...
conhece-te e entre espelhos, conhece-me!
Não te julgues pelo que achas ser de juízo...
experimenta, comigo o desafio irá profundo das diferenças da unidade.  

Tão bem que sabe estar aqui neste agora que nos eterniza!
Sabes, sem "julgador" abre-se outra dimensão para explorar novos horizontes...

Tanto infinito de imensidão...!
Tanto que se desvela e quer revelar no instante que cabe em nós entre encontros, escolhas, caminhos, visões e propósitos diferentes!

Não me digas o que sentes nem o que não sentes...
sê antes a Presença da simplicidade atestada pela Alma que te anima...
nua, leve, como É, como realmente És - estrela de olhar azul brilhando numa noite de Verão!

A loucura da vontade de te ver dançar
de fazer teus os meus dias...

Tu que vens de mansinho...
escuta, entende e aprende, se queres entrar no vórtice da eternidade dos multiversos...
só amando acontece a magia de nos sabermos eternos na linha quântica em que adjetivamos o tempo!

Deixemos todo e qualquer juízo e os juízes, com os que se guardam nos nevoeiros...
não silencies o que nos dispara,
na melodia entrelaçada criada pelo que nos ressoa...

Apenas dancemos e amemos o correr das estórias dos dias...
tanto.., tudo e os todos que se dizem futuros de mais aléns!

Para ti, Meu Bem Amado, que és Essência de Amor de onde eu vim, que eu sou e para onde eu vou!

Notes and daily of Hari and Apolo, 
by @maripauls Blog
1 Outubro 2006


21/02/2006

ASHLEY MONTAGU E O O SIGNIFICADO DO TOQUE / A. MONTAGU AND THE MEANING OF TOUCH



"Será que as pessoas se tocam o suficiente? Sem dúvida, não!

Entre nós, existe uma carência muito profunda daquilo que mais desejamos: tocar, abraçar, acariciar... E isso vem desde muito cedo. Estudos acuais mostram que, entre as causas menos conhecidas para o choro dos bebés, está a necessidade de serem acariciados. Muitas mães rejeitam um contacto mais prolongado com os filhos, com base na falsa suposição de que, se o fizerem, eles se tornarão profundamente dependentes delas. Não são poucos os pais que evitam beijar e abraçar filhos homens, porque temem que assim se tornem homossexuais. Mesmo dois grandes amigos limitam-se a expressar afeto dando tapinhas nas costas um do outro, enquanto amigas trocam beijinhos impessoais quando se encontram. A pele, o maior órgão do corpo, até há muito que foi negligenciada.

Ashley Montagu, um especialista americano em fisiologia e anatomia humana, dedicou-se, por várias décadas, ao estudo de como a experiência táctil, ou sua ausência, afetaria o desenvolvimento do comportamento humano.

A linguagem dos sentidos, na qual podemos ser todos socializados, é capaz de ampliar nossa valorização do Outro e do mundo em que vivemos, e de aprofundar a nossa compreensão em relação a eles. "Tocar", é o título do seu excelente livro e em que se baseia este artigo, é a principal dessas linguagens. Afinal, como ele mesmo diz, nosso corpo é o maior playground do universo, com mais de 600 mil pontos sensíveis na pele. 

Como sistema sensorial, a pele é, em grande medida, o sistema de órgãos mais importante do corpo. O ser humano pode passar a vida toda cego, surdo e completamente desprovido dos sentidos do olfato e do paladar, mas não poderá sobreviver de modo algum sem as funções desempenhadas pela pele. 

Montagu acredita que a capacidade de um ocidental se relacionar com seus semelhantes está muito atrasada em comparação com sua aptidão para se relacionar com bens de consumo e com as pseudo necessidades que o mantêm em escravidão. A dimensão humana encontra-se constrangida e refreada. 

Tornamo-nos prisioneiros de um universo de palavras impessoais, sem toque, sem sabor, sem gosto. A tendência natural é as palavras ocuparem o lugar da experiência. Elas passam a ser declarações ao invés de demonstrações de envolvimento; a pessoa consegue proferir com palavras aquilo que não realiza num relacionamento sensorial com outra pessoa. Mas estamos começando, aos poucos, a redescobrir os nossos negligenciados sentidos.

O sexo tem sido considerado a mais completa forma de toque. Em seu sentido mais profundo, o tacto é considerado a verdadeira linguagem do sexo. É, principalmente, através desta intensa estimulação da pele, que o homem quanto a mulher chegam ao orgasmo, que será tanto melhor quanto mais amplo for o contacto pessoal e táctil. Mas, até que ponto existe relação entre as primeiras experiências tácteis de uma pessoa e o desenvolvimento de sua sexualidade? 

O autor acredita que, da mesma forma como ela aprende a se identificar com seu papel sexual, também aprende a se comportar de acordo com o que foi condicionado por meio da pele. Assim, o sexo pode ter uma variedade enorme de significados: uma troca de amor, um meio de magoar ou explorar os outros, uma modalidade de defesa, um trunfo para barganha, uma afirmação ou rejeição da masculinidade ou feminilidade, e assim por diante, para não mencionar as manifestações patológicas que o sexo pode ter, em maior ou menor grau de intensidade, são todas elas influenciadas pelas primeiras experiências tácteis. 

Ashley Montagu acredita que a estimulação táctil é uma necessidade primária e universal. Ela deve ser satisfeita para que se desenvolva um ser humano saudável, capaz de amar, trabalhar, brincar e pensar de modo mais crítico e livre de preconceitos.

José Ângelo Gaiarsa, que escreve a apresentação da Edição Brasileira do livro de Montagu, reforça as ideias do autor, afirmando que "para todos os seres humanos é fundamental o contacto, o toque, a proximidade e a carícia. Falta-nos proximidade, contacto; não trocamos carícia nem gostamos que toquem em nós. Quanto mais civilizados, mais assépticos, mais distantes e mais frios. Apenas palavras. Pouca mímica. Nenhum contacto. Por isso foi tão fácil inventar robôs"

Texto extraído de reportagem baseada em material cedido por Regina Navarro, psicanalista e sexóloga e publicada no Jornal "Diário da Região" de S.J. do Rio Preto (SP) em 26/12/1999

EVERYTHING YOU LOOK AT IS YOUR BLESSING!

Life is a blessing! Everything you look at is your blessing and your redemption. Because everything I think, believe, see, feel, hear, and e...